A reforma trabalhista, aprovada no mês passado e sancionada por Temer, impõe uma nova realidade por meio da retirada de direitos à classe trabalhadora. Cerca de 200 pontos serão modificados na CLT e a consequência disso será trabalhadores e trabalhadoras brasileiros cada vez mais vulneráveis.
A nova legislação precisa ser analisada e compreendida e, para isto, a CTB-RS, juntamente com a Fecosul, realizou um seminário, nesta segunda-feira (31/7), com especialistas no assunto a fim de atualizar e orientar os dirigentes sindicais.
“O objetivo dessa atividade é buscar atualização sobre as novas leis trabalhistas. Mudanças que retiram direitos e expõe o trabalhador brasileiro. Para piorar, há ainda o enfraquecimento da Justiça do Trabalho e das entidades sindicais com o fim da contribuição sindical. Entidades legítimas de defesa dos trabalhadores que lutam, historicamente, para tentar manter as relações de trabalho equilibradas. Precisamos analisar essa nova situação e definir novos rumos”, falou o presidente da CTB-RS e Fecosul, Guiomar Vidor, no início do seminário.
A parte da manhã foi marcada por um debate sobre o agravamento da crise e a perspectiva para os trabalhadores. O deputado federal, Assis Melo, defendeu que o momento é de deixar o corporativismo de lado e enxergar a classe trabalhadora como um todo, deixando de lado a divisão por categorias. Somente assim, segundo o parlamentar, a luta pode ganhar mais força.
O vice-presidente nacional da CTB, Vicente Selistre, enfatizou a importância de denunciar os senadores gaúchos, Ana Amélia Lemos e Lasier Martins, que votaram a favor da reforma e dessa forma contra os trabalhadores. Para o dirigente, é essencial analisar como votam os deputados e senadores a fim de definir os candidatos certos para as próximas eleições.
Nivaldo Santana, também vice-presidente nacional da CTB, vindo de São Paulo especialmente para o seminário, parabenizou a CTB-RS pela escolha do assunto e afirmou que levará para a diretoria nacional da Central a sugestão de incluir o tema na programação do congresso nacional da CTB que acontece no final do mês de agosto. O dirigente falou ainda sobre a conjuntura política e econômica após a aprovação da reforma.
Antes do almoço, as novas diretorias executiva, plena e o conselho fiscal foram empossados. À tarde, o seminário seguiu com análise dos impactos da reforma trabalhista no mundo do trabalho.
Fonte: CTB